Transplante de medula óssea

Donnall Thomas realizou o primeiro transplante de medula óssea em humanos em 1956. No ano seguinte, o relato do procedimento foi publicado na revista The New England Journal of Medicine. No entanto, somente quase 20 anos após, a publicação o transplante passou a ser uma terapia aceita.

O transplante de medula óssea (TMO) ou transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é um procedimento médico que envolve o transplante de células tronco hematopoiéticas provenientes da medula óssea do doador.

Esse procedimento é indicado principalmente em doenças da medula óssea e certos tipos de câncer hematológicos.

A principal característica desse procedimento e o que a difere da maioria dos transplantes de órgãos é que no TMO o receptor recebe por via intravenosa um aspirado de células de medula óssea do doador, e essas células migram pelo sangue até se fixarem na medula óssea do receptor e voltarem a se multiplicar e cumprirem suas funções fisiológicas no hospedeiro.

Apesar de aparentemente simples, ainda é um procedimento de risco e está indicado apenas em doenças graves. As principais complicações são infecções, recidivas da doença anterior e a doença do enxerto versus hospedeiro (graft versus host disease - GVHD), onde as novas células do sistema imunológico, ao não reconhecer as células do hospedeiro, passam a destruí-las.

Durante esse tempo, o médico, junto a um pequeno grupo de pesquisadores, incluindo sua esposa, Dottie, trabalhou insistentemente para provar que o transplante de medula óssea pode salvar pacientes com leucemia.

Thomas ficou conhecido por ter sido pioneiro no uso do transplante para curar leucemias e outros cânceres no sangue, trabalho pelo qual foi agraciado com o prêmio Nobel de medicina em 1990.