Imunoterapia

James Patrick Allison é um imunologista americano que foi distinguido com o Nobel de Medicina em 2018, por descobertas relacionadas com o papel do sistema imunológico contra o câncer. Suas descobertas levaram a novos tratamentos para os cânceres mais mortais.

Allison sempre teve interesse nos mecanismos de desenvolvimento e ativação das células T para novas estratégias de imunoterapia tumoral, sendo reconhecido como uma das primeiras pessoas a isolar a proteína do complexo receptor de antígeno da célula T.

O conceito do bloqueio de vias inibitórias das células T, como uma forma de desencadear respostas imunes antitumorais e obter benefícios clínicos, lançou as bases para o desenvolvimento de medicamentos imunoterápicos modernos.

Esses medicamentos têm como alvo esses pontos de controle (checkpoints), reestabelecendo a atividade das células T no combate às células cancerosas. Conhecidos como inibidores de checkpoint, se mostraram úteis contra muitos tipos de câncer nos últimos anos.

Em hematologia, utilizamos os inibidores de PD-1 ou PD-L1 (nivolumabe e pembrolizumabe) no tratamento de pacientes com linfoma de Hodgkin recidivado e refratário, com sucesso.

O PD-L1 age como um tipo de interruptor desligado que impede que as células T ataquem outras células do corpo. Algumas células cancerígenas têm grandes quantidades de PD-L1, o que permite que escapem do ataque imunológico. Os anticorpos monoclonais que têm como alvo PD-1 ou PD-L1 podem bloquear essa ligação e estimular a resposta imunológica contra as células cancerígenas.

Todo o interesse de Allison em pesquisar novos medicamentos contra o câncer teve origem no fato de sua mãe ter morrido de linfoma, quando ele tinha somente 11 anos de idade e ter perdido o seu irmão, morto por um câncer de próstata, em 2005.

Atualmente, além de ser um renomado cientista, toca gaita em uma banda de blues de imunologistas e oncologistas chamada Checkpoints. 🎷🎸🎹🎼