Glóbulos vermelhos

O exame ao microscópio óptico das células do sangue circulante é realizado fazendo um esfregaço de uma gota de sangue sobre uma lâmina histológica.

Seca-se esta preparação ao ar e é feita a coloração com misturas de corantes destinadas especificamente para demonstrar as características típicas destas células.

Os métodos atuais derivam da técnica criada no fim do século XIX por Romanovsky, que usou uma mistura de azul de metileno e eosina.

Hoje em dia, a maioria dos laboratórios usa as colorações de Wright e Giemsa, e a identificação das células do sangue baseia-se nas cores produzidas por estes corantes.

A coloração de Wright cora componentes celulares ácidos em azul (basófilos), e a de Giemsa cora os componentes alcalinos (acidófilos) em rosa.

As hemácias ou eritrócitos são células anucleadas em forma de disco bicôncavo. Apresentam uma coloração rósea-clara, quando corados por Wright e Giemsa, com um halo central mais claro em conseqüência da biconcavidade.

A quantidade de hemácias presentes no sangue de um indivíduo normal é na ordem de 3 a 4 milhões por decilitro de sangue.

O diâmetro dos eritrócitos varia de 6 μm a 8,5 μm. A função dos eritrócitos é o transporte de oxigênio e gás carbônico.

Este halo central nos eritrócitos normais corresponde a 1/3 do diâmetro da célula. Durante sua maturação na medula óssea, o eritrócito perde o núcleo e as outras organelas, não tendo, portanto, a possibilidade de renovar os sistemas enzimáticos, proteínas estruturais, lipídios e polissacarídeos, essências para a vida do corpúsculo, possuindo um tempo de vida limitado de cerca de 120 dias.

Após esse período, sua membrana torna-se mais rígida, sendo incorporada pelo sistema retículo-endotelial, baço, fígado, e tendo seus componentes reaproveitados, inclusive o componente proteico da membrana, como a hemoglobina, para a formação de novas hemácias.