Síndromes Hemorrágicas
A primeira etapa na avaliação de um distúrbio de sangramento suspeito é determinar se o distúrbio está presente. Parece óbvio, mas muitas vezes isso não acontece.
A avaliação inclui uma história completa com as condições médicas subjacentes, sangramento espontâneo, resposta a "desafios de sangramento", história familiar e uso de medicamentos (AAS, AINES, corticoide, alguns antibióticos e antidepressivos inibidores de recaptação de serotonina) e preparações à base de plantas (ginkgo beloba, alho).
A história também ajuda a determinar se um distúrbio é provavelmente herdado ou adquirido e devido a anormalidades plaquetárias / vasculares ou disfunção do fator de coagulação. Um escore de sangramento é usado para quantificar o histórico de sangramento.
O exame físico deve ser direcionado com foco na pele e em outros achados relevantes.
A extensão e a sequência dos testes laboratoriais são adaptadas à urgência e à(s) causa(s) provável(is). Uma avaliação típica começa com a contagem de plaquetas e revisão da morfologia, tempo de protrombina (TAP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (PTTa).
Para aqueles com uma história de sangramento que sugere um distúrbio de hemostasia primária (por exemplo, sangramento mucocutâneo), uma avaliação para doença de von Willebrand e função plaquetária é necessária.
Dependendo dos resultados iniciais, mais testes podem ser necessários: em indivíduos com sangramento ativo, deve-se avaliar o nível de fibrinogênio e outros testes apropriados. Pode-se suspeitar de um inibidor do fator VIII adquirido em um indivíduo sem história prévia de sangramento e um PTTa prolongado.
Distúrbios hemorrágicos adicionais que podem não ser aparentes com o testes iniciais, devem ser avaliados para distúrbios de reticulação de fibrina e fibrinólise e / ou distúrbios vasculares como telangiectasia hemorrágica hereditária, escorbuto e síndrome de Ehlers-Danlos.
O diagnóstico diferencial de distúrbios hemorrágicos inclui trauma (devido à perda de equilíbrio, autolesão ou abuso físico), vasculite (especialmente vasculites de pequenos vasos, que podem causar púrpura palpável) e disproteinemias.